Governador presta contas dos três primeiros anos.
Governador presta contas dos três primeiros anos.

Arquivo/Agência-ALBA
- Publicado em: 02/02/2018
- Setor responsável: ASSESSORIA COMUNICACAO SOCIAL
Ao
longo de toda o discurso, Rui Costa falou sobre o equilíbrio fiscal da
Bahia em comparação a outros estados da Federação, muitos dos quais
“ainda não sabem como pagar o 13º salário do servidor”. O governador
iniciou o discurso agradecendo a Deus por chegar ao quarto ano do seu
governo e parabenizando o presidente Angelo Coronel (PSD) por seu
trabalho à frente da ALBA. “Estou vendo que o plenário está todo
renovado, o´novo painel, a Bíblia”, observou, dizendo-se grato pela
parceria.
HARMONIA
“Parece
óbvio o que vou dizer, mas nesses tempos é importante lembrar da
importância da independência dos poderes, mas preservando a harmonia”,
disse durante a saudação aos componentes da Mesa. “Entramos no quarto
ano do nosso governo, consolidando um projeto político que provou ser
perfeitamente possível crescer distribuindo renda, que é possível
otimizar a máquina estadual sem reduzir os serviços prestados à
população”, disse.
“Iniciei
o meu governo tendo como referencial um programa construído com a
participação de milhões de baianos e baianas, com metas estabelecidas e
perseguidas até o seu cumprimento”, definiu. Ele disse que a Bahia foi
capaz de investir R$2,9 bilhões, quase inteiramente dedicados a eliminar
os principais gargalos logísticos, produtivos e sociais do Estado.
Isto, “não porque somos melhores do que os outros estados ou porque não
sentimos a crise, mas dvido ao trabalho duro de todos os dias para levar
este Estado em frente”, disse. Rui considera que durante seu governo e o
de Jaques Wagner “recuperamos o orgulho e a autoestima do povo baiano.”
Ainda
falando da conjuntura financeira e institucional, afirmou que os
caminhos que o “governo trilhou e ainda trilha para enfrentar a crise
que maltrata o Brasil foram mais complexos e penosos do que eu poderia
esperar”, tendo o país mergulhado em profunda e prolongada recessão.
DESRESPEITO
Os
primeiros aplausos ao pronunciamento se ouviram quando Rui Costa
garantiu que defenderá os direitos do Estado, caso os interesses dos
baianos sejam desrespeitados. “Vivemos em uma Federação e não
admitiremos atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo
factível em regimes ditatoriais”, afirmou. Ele falou que a Região
Nordeste também tem sofrido discriminação do Governo Federal e disse que
os nove governadores estão unidos contra isto. “A União deu tratamento
especial a São Paulo”, lembrou, lamentando que “pagamos a conta,
financiamos o Estado de São Paulo e ainda nos impuseram a pecha de que
somos sustentados pelo Bolsa-Família”.
“Sinto
um orgulho imenso de ter sido reconhecido pelo segundo ano consecutivo,
como o governador que mais realizou os seus compromissos e o que mais
cumpriu o que prometeu”, disse, pouco antes de apresentar realizações
por setores orçamentários. O primeiro ítem foi a economia. Ele destacou
que a Bahia fechou o ano com balanço positivo, mesmo tendo recebido
menos R$250 mil no repasse do Fundo de Participação dos Estados.
Redução
de mais de dois mil cargos em comissão, encerramento de empresas que
não davam bons resultados e racionalização dos gastos. Estes foram
pontos apresentados pelo governador como medidas amargas, mas que
mantiveram a Bahia com capacidade de investimento e as contas em dia. O
chefe do Executivo ressaltou que sua administração se dedicou a promover
a interiorização das ações.
SAÚDE
Cerca
de dez por cento do pronunciamento foi dedicado às realizações na área
da saúde. Englobando o seu governo e os quatro anos de Jaques Wagner,
com apoio do Governo Federal, ele disse que foram construídas mais de
1,7 mil unidades básicas de saúde. “Encontramos 4.186 leitos
hospitalares em 2007 e chegaremos em dezembro com 7.274”, contabilizou.
Citando o número de leitos em UTI, que mais do que triplicou no mesmo
período. Neste aspecto, destacou o papel dos Consórcios
Interfederativos, uma inovação que garante o acesso à saúde, desde a
atenção básica até a alta complexidade. Ao todo serão 17 policlínicas.
“Em média são investidos R$24 milhões na constração e equipamentos”,
informou, lembrando que o Estado entra também com 40% do custeio.
O
governador citou uma série de hospitais que foram inaugurados na capital
e no interior, outros que estão por concluir e ainda editais de
licitação que estão por serem lançados. Especialmente, ele citou as
ações na saúde para atender as mulheres e no campo da oncologia. “A meta
é transformar a Bahia em referência no diagnóstico precoce do câncer e
acompanhamento da mulher durante o tratamento”, disse, arrancando
aplausos. O governador se emocionou ao lembrar que perdeu a mãe ainda
jovem, vítima dessa enfermidade.
EDUCAÇÃO
Rui
reservou parte ainda maior de tempo para falar da educação e sua
preocupação em incentivar a cultura e os esportes entre os jovens.
“Tenho fé que investimento em educação e na música é mais eficaz no
combate à violência do que a compra de armamentos e construção de
presídios”, definiu. Ele anunciou que, ainda este mês, vai realizar
concurso para professores e coordenadores para preencher 3,76 mil vagas
em toda a Bahia.
A
preocupação em combater a evasão estudantil, tanto no ensino médio
quanto no acadêmico, ficou patente ao serem apresentados todos os
programas de incentivo, a exemplo do Primeiro Emprego, do Mais Futuro,
do Partiu Estágio e o Escolas Culturais e o convênio com o Neojibá, que
deve dobrar o número de meninos e meninas inscritos, alcançando dez mil
aprendizes.
ÁGUA
O
chefe do Executivo citou as ações na oferta de água e saneamento,
calculando que mais de nove milhões de pessoas já foram atendidas pelo
programa Água para Todos, em seus 11 anos de existência, com
investimento de R$8,7 bilhões. “No meu governo esse aporte já
ultrapassou os R$2 bilhões”, disse, garantindo que determinou à sua
equipe que trabalhe para levar água potável a toda a Bahia, sobretudo os
distritos, povoados, assentamentos e comunidades tradicionais.
Associado ao combate à seca, foram citados os investimentos no campo.
“Nenhum
outro estado investiu tanto em agricultura familiar como a Bahia”,
afirmou, dizendo que aplicou R$800 milhões ao longo dos últimos três
anos. Além disso, mandou fazer um levantamento de equipamentos, a
exemplo de casas de farinha, construídos nos últimos 20 anos e que estão
sem funcionar ou em estado precário. “Vou trabalhar para colocar em
funcionamento”, garantiu. Por outro lado, lembrou que o agronegócio
cresceu 26% no Estado.
Na
infraestrutura, Rui Costa disse que a Bahia já é o maior produtor de
energia solar e está se encaminhando para assumir a liderança na energia
eólica. Só no ano passado, entraram em operação 24 parques eólicos e 11
solares e outros 159 estão se materializando. Sobre as estradas, ele
citou a recuperação de 1,4 mil quilômetros de rodovia e outros três mil
quilômetros estão em andamento, além 450km autorizados. Os contratos com
os consórcios, explicou, prevê não só a construção ou recuperação, mas a
manutenção da rodovia por cinco anos.
O
governador pormenorizou estrada por estrada, anéis viários, pontes, como
o projeto Salvador-Itaparica e a do Pontal (a primeira estaiada da
Bahia), e não esqueceu da Ferrovia Oeste Leste, cuja construção espera
que seja retomada este ano, assim como o porto de Ilhéus. Também citou
os aeroportos, como o de Vitória da Conquista, que está para ser
inaugurado neste semestre. O metrô, “a maior obra urbana do Brasil” não
ficou esquecido. Já são 33,5km do total de 42km, que vão atender a sete
milhões de passageiros por mês. Trata-se da terceira maior rede viária
do país. Segundo Rui, já em março o metrô chega a Lauro de Freitas.
No que
diz respeito à segurança, o mandatário reclamou que o Governo Federal
não pode mais continuar lavando as mãos. “Tem que haver um programa
nacional, a exemplo do que existe hoje na saúde e educação”, defendeu.
Ele fez questão de agradecer o trabalho dos policiais militares e civis,
mas lamentou que o índice de crimes violentos letais tenha subido em
Salvador, no ano passado, após anos de queda continua, acumulando 24% de
queda. “Estamos investindo. Só em equipamentos de comunicação e
proteção individual foram R$146 milhões ao longos desses anos”,
informou, citando ainda a renovação de quase toda a frota, a construção
de 23 distritos integrados de segurança e a implantação de 16 centros
integrados de comunicação. Citou ainda a fase pré-admissional de 2,5 mil
concursados para a PM e mil outras vagas para a Polícia Civil. “Isso
significa a prioridade absoluta para reforçar o nosso contingente”,
finalizou.
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