Justiça determina que 44 aprovados em concurso de 1991 na BA recebam R$ 160 milhões; governo recorre
Justiça determina que 44 aprovados em concurso de 1991 na BA recebam R$ 160 milhões; governo recorre
Participantes do processo seletivo entraram com ação porque ainda não foram nomeados. Caso recurso seja negado, cada um dos 44 vai ganhar R$ 3,6 milhões.
Por G1 BA
Uma decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública pode deixar milionários 44
baianos que foram aprovados em um concurso público estadual realizado em
1991 e que entraram na Justiça porque até hoje não foram nomeados para
os cargos.
A Justiça determinou que os aprovados recebam R$ 160 milhões, sendo R$
3,6 milhões para cada um, mas a Procuradoria Geral do Estado (PGE)
informou, nesta quinta-feira (20), que ingressou com um um recurso
questionando a decisão e que aguarda um resultado.
Caso o recurso seja negado, o governo do estado deverá pagar o valor
estipulado, com efeito financeiro retroativo à data de 16 de março do
mesmo ano em que o concurso foi realizado. Caso seja mantido, o efeito
retroativo repercutirá no pagamento das vantagens, mesmo sem que os
autores da ação tenham exercido os cargos públicos no período em
questão.
Conforme a decisão da 7ª Vara, caso o Estado não cumpra, o governador
Rui Costa irá arcar, pessoalmente, com multa diária de 20% sobre o valor
da causa, o equivalente a R$ 32 milhões, e ainda responder
criminalmente por crime de desobediência.
A PGE disse, em nota, que ingressou com o Agravo de Instrumento uma vez
que, segundo o órgão, os feitos financeiros retroativos não são
admitidos pela jurisprudência.
O governo, por meio da PGE, disse que aguarda a decisão de mérito do
agravo interposto, a fim de reverter a decisão. O agravo é o recurso
cabível contra as decisões capazes de causar lesão grave e de difícil
reparação a uma das partes.
O governo ainda alega que, caso a decisão seja mantida, haverá prejuízo
aos cofres públicos. Diz ainda que com R$ 160 milhões teria condições
de construir 26 escolas com oito salas de aula cada.
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