Em pronunciamento, ministro diz que reforma trabalhista consolida direitos
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Em pronunciamento, ministro diz que reforma trabalhista consolida direitos
Reforma começa a valer a partir deste sábado (11) em todo país
Na
véspera da vigência da nova lei trabalhista, o ministro do Trabalho,
Ronaldo Nogueira, falou em pronunciamento à nação a noite desta
sexta-feira (10) em cadeia de rádio e TV. Ele reafirmou o discurso do
governo de que a reforma trabalhista veio para gerar empregos e não para
retirar direitos.
“A modernização teve como base três eixos:
consolidar direitos, promover a segurança jurídica e gerar empregos.
Consolidar direitos, pois direito não se revoga, apenas se aprimora.
Promover a segurança jurídica, pois apenas ela traz crescimento
econômico duradouro. E apenas o crescimento econômico pode gerar
empregos, o maior de todos os direitos do trabalhador. Assim, foram
mantidos todos os direitos trabalhistas”, disse Nogueira.O ministro disse ainda que “o Brasil que trabalha, que quer crescer,
comemora a entrada em vigor da lei da modernização trabalhista” e
afirmou que o país venceu a crise e está gerando empregos. “Este ano,
mais de 1 milhão de pessoas passaram a ter ocupação com renda. Foram
criados mais de 208 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Vencemos a recessão e o emprego voltou. Com a modernização trabalhista
iniciamos um novo tempo: o tempo de mais empregos, de mais esperança e
de otimismo”.
Protestos
Horas antes do pronunciamento do ministro do Trabalho, centrais sindicais organizaram protestos em diversos estados pedindo a revogação de alguns pontos do texto da reforma.
Horas antes do pronunciamento do ministro do Trabalho, centrais sindicais organizaram protestos em diversos estados pedindo a revogação de alguns pontos do texto da reforma.
Segundo os sindicalistas, a lei tem artigos
que tiram direitos dos trabalhadores. Entre os pontos apontados como
mais problemáticos, citam o trabalho intermitente e o fim da homologação
das demissões pelos sindicatos.
Ajustes em pontos polêmicos
Era esperada para hoje a edição de uma Medida Provisória (MP) pelo presidente Michel Temer alterando pontos polêmicos da reforma. Em junho, quando a matéria era apreciada no Senado, o presidente enviou uma carta aos senadores prometendo alterar os pontos polêmicos da reforma.
Era esperada para hoje a edição de uma Medida Provisória (MP) pelo presidente Michel Temer alterando pontos polêmicos da reforma. Em junho, quando a matéria era apreciada no Senado, o presidente enviou uma carta aos senadores prometendo alterar os pontos polêmicos da reforma.
Segundo assessores próximos a Temer, a
expectativa era editar uma MP ainda hoje. Com a ida do presidente para
São Paulo, no início da tarde de hoje, o Palácio do Planalto também não
soube informar quando o presidente fará essa alteração nos pontos
polêmicos. A expectativa é que ocorra no início da próxima semana. Além
disso, não há mais uma definição de como essa mudança será feita, se por
MP ou via Projeto de Lei.
Dentre esses pontos está a jornada de 12
por 36 horas, na qual o empregado trabalha 12 horas seguidas e descansa
as 36 seguintes. Na reforma, que vigora a partir de amanhã, a jornada
pode ser definitiva por acordo individual. Na alteração prevista, essa
modalidade de jornada só poderá ser fixada em convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho.
Outro ponto a ser alterado aborda o
tratamento da gestante e do lactante em ambiente insalubre. O texto
prevê que a trabalhadora gestante deverá ser afastada automaticamente,
durante toda a gestação, apenas das atividades consideradas insalubres
em grau máximo. Para atividades insalubres de graus médio ou mínimo, a
trabalhadora só será afastada a pedido médico. Depois do ajuste na
reforma, gestantes serão afastadas de quaisquer atividades, operações ou
locais insalubres durante a gestação.
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