Dengue, Chickungunya, Zika vírus e possível relação com microcefalia são debatidos no MP
26/11/2015 16:23:43
Com
o objetivo de debater a situação da dengue, do chickungunya, do zika
vírus e a sua possível relação com os casos de microcefalia registrados
recentemente no Brasil e na Bahia, foi realizada na manhã de hoje, dia
26, na sede do Ministério Público estadual, no CAB, a 'Reunião Ampliada
da Saúde – Situação da dengue, chickungunya, zika e a possível
correlação com a microcefalia'. Promovida pelo Centro de Apoio
Operacional de Defesa da Saúde (Cesau) em parceria com o Conselho
Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems/Ba), o
evento reuniu especialistas para discutir as formas de tratamento da
epidemia e o crescimento dos casos de microcefalia, que chegam a 739 em
todo o país, o que levou o governo Federal a decretar este mês Situação
de Emergência em Saúde Pública de Interesse Nacional.
Conforme
o assessor de gabinete da secretaria de Vigilância em Saúde do
Ministério da Saúde, Marcus Quito, o governo Federal, desde que
reconheceu no último dia 11 de novembro que o número de casos de
microcefalia se enquandra como Situação de Emergência em Saúde Pública
de Interesse Nacional, vem mobilizando especialistas de todo o país
reunidos em um Centro de Operação em Emergências de Saúde (Coes) para
debelar qualquer perigo. “É uma situação séria, por isso estamos com
nossa investigação em curso. É preciso adotar protocolos claros e agir
com rigor científico, para que não haja engano”, frisou. Para o
subsecretário de saúde da Bahia e professor doutor em infectologia,
Roberto Badaró, a sociedade ainda não tem motivos para ficar alarmada.
“Estamos diante de uma série de dados reais que precisam ser analisados
cientificamente”, destacou o médico, chamando atenção para o fato de que
não há nada que comprove cientificamente que a zika seja a causa
efetiva de nenhum dos casos de microcefalia registrados até agora. “O
governo e os cientistas estão fazendo o seu papel e iremos chegar à raiz
da questão. Enquanto isso, é preciso que tenhamos serenidade para
evitar um pânico coletivo diante de algo que ainda não está totalmente
comprovado”, concluiu.
Cecom/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502
Redator: Gabriel Pinheiro DRT/BA 2233
Dengue, Chickungunya, Zika vírus e possível relação
com microcefalia são debatidos no MP
com microcefalia são debatidos no MP
Além de promover a reunião, a primeira
aberta ao público para debater o assunto, o MP, por meio de diversas
promotorias do interior do estado, já recomendou a prefeituras e
secretarias municipais de Saúde da Bahia que reforcem ações de controle
do vetor, o mosquito Aedes Aegypti. “Na mesma recomendação”, destacou o
coordenador do Cesau, promotor de Justiça Rogério Queiroz, “os membros
orientam para que não sejam cortadas verbas destinadas à saúde, o que,
infelizmente, tem acontecido historicamente quando se aproxima o final
do ano”, frisou. Primeiro palestrante do encontro, o professor doutor
Manoel Sarno destacou a dificuldade de combater o mosquito, pois os
focos ficam dentro das casas e é preciso conscientizar a população.
Destacando de início que ainda não há nenhum relato na literatura
científica que correlacione zika à microcefalia, o professor falou sobre
os casos brasileiros. “Nos casos estudados, há indícios de que a causa
dessas microcefalias possa ser infecciosa, provocada por doenças como o
zika e um número elevado das mães das crianças doentes relatam ter tido a
zika ou algum dos seus sintomas durante a gravidez”.
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