Dengue, Chickungunya, Zika vírus e possível relação com microcefalia são debatidos no MP

26/11/2015 16:23:43
Redator: Gabriel Pinheiro   DRT/BA 2233
Dengue, Chickungunya, Zika vírus e possível relação
com microcefalia são debatidos no MP
Com o objetivo de debater a situação da dengue, do chickungunya, do zika vírus e a sua possível relação com os casos de microcefalia registrados recentemente no Brasil e na Bahia, foi realizada na manhã de hoje, dia 26, na sede do Ministério Público estadual, no CAB, a 'Reunião Ampliada da Saúde – Situação da dengue, chickungunya, zika e a possível correlação com a microcefalia'. Promovida pelo Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau) em parceria com o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems/Ba), o evento reuniu especialistas para discutir as formas de tratamento da epidemia e o crescimento dos casos de microcefalia, que chegam a 739 em todo o país, o que levou o governo Federal a decretar este mês Situação de Emergência em Saúde Pública de Interesse Nacional.
Além de promover a reunião, a primeira aberta ao público para debater o assunto, o MP, por meio de diversas promotorias do interior do estado, já recomendou a prefeituras e secretarias municipais de Saúde da Bahia que reforcem ações de controle do vetor, o mosquito Aedes Aegypti. “Na mesma recomendação”, destacou o coordenador do Cesau, promotor de Justiça Rogério Queiroz, “os membros orientam para que não sejam cortadas verbas destinadas à saúde, o que, infelizmente, tem acontecido historicamente quando se aproxima o final do ano”, frisou. Primeiro palestrante do encontro, o professor doutor Manoel Sarno destacou a dificuldade de combater o mosquito, pois os focos ficam dentro das casas e é preciso conscientizar a população. Destacando de início que ainda não há nenhum relato na literatura científica que correlacione zika à microcefalia, o professor falou sobre os casos brasileiros. “Nos casos estudados, há indícios de que a causa dessas microcefalias possa ser infecciosa, provocada por doenças como o zika e um número elevado das mães das crianças doentes relatam ter tido a zika ou algum dos seus sintomas durante a gravidez”.
Conforme o assessor de gabinete da secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Marcus Quito, o governo Federal, desde que reconheceu no último dia 11 de novembro que o número de casos de microcefalia se enquandra como Situação de Emergência em Saúde Pública de Interesse Nacional, vem mobilizando especialistas de todo o país reunidos em um Centro de Operação em Emergências de Saúde (Coes) para debelar qualquer perigo. “É uma situação séria, por isso estamos com nossa investigação em curso. É preciso adotar protocolos claros e agir com rigor científico, para que não haja engano”, frisou. Para o subsecretário de saúde da Bahia e professor doutor em infectologia, Roberto Badaró, a sociedade ainda não tem motivos para ficar alarmada. “Estamos diante de uma série de dados reais que precisam ser analisados cientificamente”, destacou o médico, chamando atenção para o fato de que não há nada que comprove cientificamente que a zika seja a causa efetiva de nenhum dos casos de microcefalia registrados até agora. “O governo e os cientistas estão fazendo o seu papel e iremos chegar à raiz da questão. Enquanto isso, é preciso que tenhamos serenidade para evitar um pânico coletivo diante de algo que ainda não está totalmente comprovado”, concluiu.
Cecom/MP – Telefones: (71) 3103-0446/ 0449/ 0448/ 0499/ 6502

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