19 de fevereiro de 2017, 08:16
Foto: Reprodução

Em Brasília para um evento da ala feminina do Partido dos
Trabalhadores (PT), a presidente cassada Dilma Rousseff comentou as
circunstâncias do seu afastamento da presidência do País. “Não serei
candidata a presidente da República, se essa é a pergunta. Agora,
atividades políticas não vou deixar de fazer. Não descarto a
possibilidade de uma candidatura para cargos como senadora ou deputada”,
disse na tarde deste sábado (18), em entrevista à agência AFP.Dilma
disse não guardar rancores das pessoas que articularam sua destituição,
nem mesmo do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). “Não tenho nada contra Eduardo Cunha, nenhum sentimento de
vingança ou coisa parecida. Não tive nem com os meus torturadores”,
disse, em referência ao período em que esteve presa durante a Ditadura
Militar.Na entrevista, a petista também comentou o esquema de corrupção
na Petrobrás. “Esses processos são extremamente complicados. Ninguém no
Brasil conhece todos os casos de corrupção que ocorrem hoje”, disse ela,
que ainda mantém no Twitter a frase “presidenta eleita do Brasil”.Dilma
citou ainda uma possível candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva ao Planalto em 2018, que está bem cotado nas pesquisas
eleitorais. “Apesar de todos as tentativas de destruir sua pessoa, sua
história, Lula segue em primeiro lugar, segue sendo espontaneamente o
mais votado.” Para ela, existe um “segundo golpe” em andamento para
criminalizá-lo.”As pedras de Brasília e as Emas do Alvorada sabiam que
estavam inventando um motivo para me tirar do poder. Foi a chamada
justiça do inimigo: não se gosta, se destrói”, disse.
Estadão Conteúdo
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