Pedro Alexandre: Pâmela Gomes é a vereadora eleita mais jovem do País
Pedro Alexandre: Pâmela Gomes é a vereadora eleita mais jovem do País
- Criado em Sexta, 02 Dezembro 2016 13:14
- Publicado em Sexta, 02 Dezembro 2016 13:14
- Escrito por Pedro Son
As articulações de agora apontam que Pãmela pode ser a futura Presidente da Câmara
Pedro Alexandre: Pâmela Gomes é a vereadora eleita mais jovem do País
O
Portal MaisPB, da Paraíba, mostrou, na última sexta-feira (25), Pâmela
Gomes, 19 anos, eleita pelo PR do município de Pedro Alexandre, no
sertão baiano, como a vereadora mais jovem do País. O detalhe é que
Pamela perdeu o pai, ex-prefeito do município, morto no centro da cidade
em circunstâncias não elucidadas ainda pela polícia baiana. O brutal
crime comoveu a cidade, que nas urnas, elegeu não apenas Pamela, mas seu
tio prefeito e sua mãe vice-prefeita.
A matéria traz o título “Crime devolve poder aos Gomes na Bahia”
PEDRO
ALEXANDRE (BA) – O sangue que jorrou nas ruas de Pedro Alexandre, no
Nordeste baiano, a 355 km de Salvador, com o assassinato do ex-prefeito
Petrônio Gomes (PL), a dois dias da convenção, devolveu o poder à
família da vítima, que governou o município por dois mandatos.
Enfrentando dois adversários poderosos, o irmão Pedro Gomes (SD) ganhou a
eleição. A viúva Cica Gomes (PR), que iria ser a candidata,
traumatizada com a morte do marido, entrou na chapa como vice e ainda
elegeu a filha Pâmela Gomes (PR), de apenas 19 anos, vereadora.
Embora
atuando politicamente na Bahia, a família Gomes tem raízes em Serra
Talhada, a 400 km do Recife. O ex-prefeito tombou morto às 6h40m no
sábado 30 de julho, quando fazia contatos com eleitores no mercado da
cidade. Alvejado por dois tiros disparados por dois homens que desceram
numa moto, Petrônio era irmão do vereador Pessival Gomes, ligado ao
grupo político do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT). Passado
quatro meses, o crime continua um mistério, mas a família não tem
dúvidas de que foi político.
Petrônio
vinha de um longo desentendimento com o prefeito Salorilton de Oliveira
(PP), mais conhecido por Salon, de quem já foi aliado político quando
governou o município. Em 2014, chegou a ser preso em cumprimento a um
mandado de prisão expedido pelo juiz Antônio Henrique da Silva, da Vara
Crime de Jeremoabo, na Bahia, e condenado a cinco anos e seis meses de
prisão pelo crime de extorsão. “O crime tem todas as características de
que foi politico”, diz Paulo Gomes, irmão da vítima.
A
comoção na cidade, de apenas 20 mil habitantes, fez o prefeito Salon
ficar longe do poder a partir de janeiro. Seu candidato, Anísio Sales,
que disputou por uma coligação encabeçada pelo PCdoB, perdeu por uma
diferença de 254 votos. Para o candidato da terceira via, Yuri Andrade,
do PP, o prefeito eleito abriu uma frente de 372 votos. O pleito foi
extremamente disputado e realizado sob o império da violência.
Escolhido
no lugar da viúva, que estava sendo preparada pela vítima, Pedro fez
apenas 20 dias de campanha. Temendo ser morto, gastou muito mais com
segurança do que com as despesas convencionais de uma eleição.
Incrivelmente, não realizou um só comício, não fez uma única carreata
nem tampouco arrastão. “Preferi o porta a porta”, diz ele, que está
afastado do município desde o dia da eleição.
Aliás,
a família inteira está fora do município. “No dia da eleição, deixamos a
cidade sem esperar o resultado. Não houve nenhum tipo de comemoração”,
revela a viúva Cica Gomes, agora vice-prefeita eleita. Para ela, a
vitória do grupo foi uma resposta da população nas urnas ao que ocorreu
com o seu marido. “Petrônio era o pai dos pobres e até hoje a cidade
chora a sua morte”, afirmou. Ela e a filha Pâmela, vereadora eleita, só
desejam voltar ao município para a diplomação, em 13 de dezembro.
Encravada
na Serra Negra, uma pequena cordilheira que atravessa a fronteira dos
Estados de Sergipe e Bahia, com 750 metros de altura, Pedro Alexandre
tinha tudo para ser uma cidade pacata e feliz, como todas do semiárido
nordestino, mas as brigas políticas mudaram o seu semblante. Já quando
tomou posse em 2013, derrotando o grupo do ex-prefeito Petrônio Gomes, o
prefeito Salon Oliveira foi a uma emissora de rádio em Jeremoabo,
cidade vizinha, e grande parte da sua entrevista, ainda disponível na
internet, dedicou à questão da violência.
“Fui
eleito pela vontade do povo. A partir de 1 de janeiro de 2013, Pedro
Alexandre não vai ter três prefeitos, mas um prefeito, que vai devolver à
paz, à segurança a sua população. Vou construir o reinado da paz, o
império do medo está com seus dias contados”, prometeu. Na época, Salon
disse que o município era um território sem lei, onde tudo era possível
fazer, atribuindo o desajuste ao grupo liderado por Petrônio.
A
família do ex-prefeito assassinado, entretanto, diz o contrário. Afirma
que a desordem reina no município, hoje. “Pedro Alexandre vivia em paz
até a eleição do atual prefeito. Aqui, nada funciona, o poder de mando
do prefeito está acima de tudo. Quem prometeu acabar com o império do
medo espalhou medo e terror”, acusa Paulo, irmão de Petrônio, que mora
em Itabaiana (SE).
Segundo
Paulo, Petrônio era um político com profunda identidade com o povo
pobre da sua cidade. “Quando prefeito e até antes de morrer, ele atendia
2,5 mil famílias com um sopão, distribuía cesta básica e mandava até
matar um boi por semana para matar a fome do povo”, disse, acrescentando
que, em sua gestão, ainda construiu 32 barragens e tinha 28 tratores
fazendo benfeitorias nas áreas rurais.
Segundo o vídeo abaixo, ela tem amplas possibilidades de ser a Presidente da Câmara Municipal.
Fonte: MaisPB
Veja vídeo com a vereadora eleita
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