Operação da PF mira esquema de corrupção que envolve PPP da Arena Fonte Nova

Segunda, 26 de Fevereiro de 2018 - 06:51

Operação da PF mira esquema de corrupção que envolve PPP da Arena Fonte Nova

Operação da PF mira esquema de corrupção que envolve PPP da Arena Fonte Nova
Foto: Rafael Ribeiro / CBF
A Polícia Federal cumpre sete mandados de busca e apreensão na Bahia nesta segunda-feira (26), no contexto de investigação sobre irregularidades na contratação de serviços de demolição, reconstrução e gestão do estádio Arena Fonte Nova. Segundo informações da Polícia Federal, os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e estão sendo cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços residenciais dos envolvidos em um esquema que envolve os crimes de fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com a apuração da operação, batizada de Cartão Vermelho, a licitação que culminou com a Parceria Público Privada nº 02/2010 foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações (FNP), composto pelas empresas Odebrecht e OAS. De acordo com laudo pericial, a obra foi superfaturada em valores que podem chegar a mais R$ 450 milhões de reais após correção, sendo grande parte desviado para o pagamento de propina e o financiamento de campanhas eleitorais.
Publicado em 26/02/2018 às 10h30.

PF diz que Wagner recebeu R$ 82 milhões em propina e doação eleitoral

Dinheiro para o ex-governador da Bahia, em maioria, foi entregue em espécie por Cláudio Melo Filho; Montante também foi entregue na casa da mãe do petista

João Brandão / Rodrigo Daniel Silva

Foto: Rodrigo Daniel Silva / bahia.ba
Foto: Rodrigo Daniel Silva / bahia.ba

O ex-governador da Bahia e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT), recebeu R$ 82 milhões de propina e dinheiro para campanha do governador Rui Costa (PT) em 2014, conforme disse a delegada da Polícia Federal, Luciana Matutino, nesta segunda-feira (26).
Ainda segundo Matutino, Wagner pediu os recursos, mas não foram doações espontâneas. O dinheiro para Wagner, em maioria, foi entregue em espécie por Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht. Também teve montante que foi entregue na casa da mãe de Wagner, no Rio de Janeiro. O dinheiro foi pago entre 2006 a 2014.
“Dos R$ 82 milhões de doação, só R$ 3,5 milhões foram declarados, pelo que apontam as investigações até agora”, frisou. O chefe do Executivo estadual, Rui Costa, “ainda não é alvo da operação”, segundo a delegada.

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