Neste mês, foram detectadas cerca de 8.700
ocorrências de focos de queimadas em todo o País, segundo imagens do
sensor MODIS do satélite NASA-AQUA. Este valor foi 57% menor que o
total detectado em novembro passado. No trimestre OND/2016, as
ocorrências de focos também ficaram abaixo da média. Em comparação com
dezembro do ano anterior, que foi mais seco e quente na Amazônia e nas
Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do Brasil, a diminuição foi de
53%. Neste cenário de redução expressiva das queimas em função do
período chuvoso, destacaram-se o Amazonas (76%, com 135 focos),
Tocantins (70%, com 120 focos), Roraima (55%, com 135 focos), Pará (50%,
com 3.300 focos) e Rondônia (45%, com 150 focos). No Centro-Oeste, as
diminuições importantes foram observadas no Mato Grosso (76%, com 425
focos), Mato Grosso do Sul (69%, com 123 focos) e Goiás (65%, com 64
focos). No Nordeste, destacaram-se as reduções na Bahia (90%, com 170
focos), no Maranhão (55%, com 1.600 focos), no Piauí (40%, com 370
focos) e no Ceará (20%, com 820 focos). Os aumentos significativos do
uso do fogo ocorreram no Amapá (81%, com 490 focos) e em Alagoas (10%,
com 155 focos). No restante da América do Sul, destacaram-se as
queimadas intensas no Equador (170%, com 360 focos), Chile (100%, com
380 focos), Paraguai (60%, com 590 focos), Argentina (55%, com 2.500
focos) e Venezuela (22%, com 1.180 focos). Houve redução das queimadas
na Bolívia (40%, com 520 focos).
O trimestre FMA é considerado de poucas queimas no País. Entretanto,
levando-se em conta as ocorrências climatológicas e a previsão de
anomalias de precipitação, as áreas de risco de fogo podem aumentar no
nordeste-leste de Roraima. No restante da América do Sul, as queimadas
permanecerão presentes principalmente no Paraguai, Argentina, Venezuela e
Colômbia.
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Figura 1 -
Focos de queimadas detectados em novembro de 2016, pelo satélite AQUA_M-T.
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