Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e microcefalia
Publicada em 29/11/2015 às 08h25. Atualizada em 29/11/2015 às 08h25
O resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou “uma situação inédita na pesquisa científica mundial”
O Ministério da Saúde confirmou hoje
(28) que existe relação entre o vírus Zika e os casos de microcefalia na
Região Nordeste do país. Segundo nota divulgada pela pasta, exames
feitos em um bebê nascido no Ceará com microcefalia e outras
malformações congênitas revelaram a presença do vírus em amostras de
sangue e tecidos.
O
resultado enviado pelo Instituto Evandro Chagas revelou, segundo o
ministério, “uma situação inédita na pesquisa científica mundial”. O
governo assegurou que vai dar continuidade às investigações para
descobrir quais as formas de transmissão, como o vírus atua no organismo
e qual período de maior vulnerabilidade para a gestante. “Em análise
inicial, o risco está associado aos três primeiros meses de gravidez”,
complementou.
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Nesta
sexta-feira (27), o instituto de pesquisa notificou o governo sobre
outros dois óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises indicaram que
o vírus pode ter contribuído para agravar estes casos. “Esta foi a
primeira ligação de morte relacionada ao vírus zika no mundo, o que
demostra uma semelhança com a dengue”.
O
primeiro caso confirmado foi o de um homem com histórico de lúpus e de
uso crônico de medicamentos corticoides, no Maranhão, e o segundo é o de
uma menina de 16 anos, no Pará, que morreu no final de outubro, depois
de relatar sintomas semelhantes ao de dengue, como dor de cabeça e
náuseas.
Diante dessa
declaração, a expectativa é que sejam redobradas ações nacionais para
combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela
disseminação da dengue, Zika e chikungunya. “O momento agora é de unir
esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização”, alertou o
ministério.
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